Um filme de RUSS MEYER
Com Tura Satana, Haji, Lori Williams
EUA / 83 min / PB / 4X3 (1.33:1)
Estreia nos EUA a 6/8/1965
Narrator: “Ladies and gentlemen - welcome to violence!”
The Old Man: “You girls a bunch of nudists or are you just short of clothes?”
Tommy: “Look, I don't know what the hell your point is, but... “
Varla: “The point is of no return and you've reached it!”
Varla: “The point is of no return and you've reached it!”
The Old Man: “Women! They let 'em vote, smoke and drive - even put 'em in pants! And what happens? A Democrat for president!”
Com um título destes, “Faster, Pussycat! Kill! Kill!” só podia mesmo ser um filme de culto. E é-o na realidade, um dos mais célebres e um dos que dá mais gozo assistir. A odisseia de três strippers mamalhudas pelo deserto da California em busca de aventuras e emoções fortes é um divertido filme monocromático saído da imaginação de Russ Meyer, a quem já apelidaram de “Eisenstein dos filmes de sexo”.
Ao volante dos seus bólides desportivos, Varla (Tura Satana), Rosie (Haji) e Billie (Lori Williams) iniciam as suas diabruras em loucas corridas pelo deserto onde encontram um casal de namorados. Mais uma corrida e o homem acaba por ser morto por Varla e a rapariga raptada. Mais tarde encontram um aleijado numa cadeira de rodas que vive com os dois filhos numa fazenda isolada e cujo entretém principal é a captura de jovens que o mais novo, o musculado e atrasado mental “Vegetable” tem por costume violar. Em traços gerais é este o delirante argumento de “Faster, Pussycat! Kill! Kill!”, todo ele povoado por diálogos hilariantes, Um filme que precisa de ser visto para se acreditar que existe.
Esta «ode à violência nas mulheres», como Meyer definiu na altura o seu filme teve muito pouco impacto na altura da estreia. Mas com o decorrer dos anos foi sendo descoberto aqui e ali por curiosos e adeptos do chamado “trash cinema”, fazendo o percurso habitual de qualquer filme lendário. Hoje essa celebridade encontra-se perfeitamente estabilizada e “Faster, Pussycat! Kill! Kill!” é um filme de visão obrigatória por todos quantos se interessam pela história do cinema, e que habitualmente é recordado em festivais e nas chamadas salas de “art-cinema”.
Além do mais trata-se de um filme constantemente referenciado em livros de cinema e que influenciou decisivamente muito cineasta contemporâneo, sendo Quentin Tarantino o mais óbvio de todos – o seu “Death Proof” é praticamente uma homenagem a este filme. Durante a década de 60 muitas foram as tentativas de se realizarem filmes que, pelas suas peculiaridades originais, se destacassem do mainstream generalizado (estou-me a lembrar de uma “Barbarella” ou de um “Diabolik”, por exemplo).
Mas Russ Meyer acertou em cheio na taluda com esta excentricidade e praticamente sem beneficiar de grandes meios – o fime, a preto e branco, custou a módica quantia de 45 mil dólares, não envolveu grandes cenários ou guarda-roupa, efeitos especiais ou outros adereços comuns à grande maioria dos filmes. Apenas velocidade (faster), sexo (pussycat) e violência (kill kill), os três ingredientes que, segundo Meyer, era tudo quanto um filme precisava para ter sucesso.
Mas Russ Meyer acertou em cheio na taluda com esta excentricidade e praticamente sem beneficiar de grandes meios – o fime, a preto e branco, custou a módica quantia de 45 mil dólares, não envolveu grandes cenários ou guarda-roupa, efeitos especiais ou outros adereços comuns à grande maioria dos filmes. Apenas velocidade (faster), sexo (pussycat) e violência (kill kill), os três ingredientes que, segundo Meyer, era tudo quanto um filme precisava para ter sucesso.
2 comentários:
Um regalo este filme! E a prova da possibilidade de coexistência das três categorias de espectadores definidas no post maldito do Álvaro Martins.
as repetidas alusões ao dito post aguçaram-me a curiosidade. fui ver.. e desiludi-me. nada contra a mensagem em si - é um grande "pois". mas um "pois" mesmo muito "pois", redundância pedante. antes não existisse, enfim.. a menos que não seja o de 31/10 @preto/branco, e aí estarei, talvez, a ser injusto.
mas mauzinho, por isso deixo ficar.
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