Um filme de JOE DANTE
Com Anton Yelchin, Ashley
Greene, Alexandra Daddario, Oliver Cooper, etc.
EUA / 89 min / COR /
16X9
(2.35:1)
Estreia em ITÁLIA:
Festival de Veneza, 4/9/2014
Estreia nos EUA: 19/6/2015
Estreia em PORTUGAL: Lisboa, Motelx (cinema S. Jorge), 10/9/2015
Max and Evelyn: «We will always be together...
always and forever»
"Burying
The EX" começou por ser uma curta-metragem de 15 minutos, escrita e
realizada por Alan Trezza em 2008, que mais tarde reescreveu o argumento, visando a
rodagem de um filme de fundo. Encontrou-se com Joe Dante, que gostou da ideia base, achando-a engraçada e original. Arranjado o dinheiro estritamente necessário, o filme foi rodado em
escassos 20 dias em Los Angeles, California: «It was a lot of fun, a hectic shoot.
We
were clever about our locations and shooting all within the same area of town.
The four leads are really fun and creative and brought a lot to the table», declarou
Dante, numa entrevista de 2014. O
filme viria a estrear-se no Festival de Cinema de Veneza, tendo desde aí sido
apresentado em inúmeros outros festivais: Austria (Slash Film), Brasil (Rio de
Janeiro), Espanha (Stiges), Finlândia (Night Visions), Mexico (Riviera Maya),
estando agora programado para o Festival de Terror de Lisboa, o já afamado
Motelx, que irá decorrer, como de costume, no Cinema S. Jorge (1ª sessão
agendada para as 19:15 do dia 10 de Setembro).
A
história resume-se numa relação envolvendo quatro pessoas: Max (Anton Yelchin), um tipo
simplório, que trabalha numa pequena loja de memorabilia de terror, com especial destaque para os adereços de Halloween, chamada
Bloody Mary's, é aliciado pela namorada, a caprichosa e voluntariosa Evelyn (Ashley Greene),
afim de partilharem a mesma casa. Depressa se apercebe do erro que cometeu devido
ao facto de Evelyn, uma activista ecológica militante, se revelar ainda mais egocêntrica
e manipuladora do que quando viviam separados. A vida de Max começa a tornar-se
complicada e o desejo de se soltar das amarras vai-se-lhe impondo cada vez mais no pensamento. A
única coisa que o vai mantendo ao lado de Evelyn é o "bom" sexo (com recurso a adereços sensuais de catálogo) que
ela lhe vai proporcionando. Desabafa com Travis (Oliver Cooper), um putanheiro que é seu
meio-irmão, que o aconselha a acabar com a relação e regressar rapidamente à boa vida de solteiro. Só que Max não
tem feitio para confrontações e sente autêntico pavor em dar o primeiro passo.
Mas o destino intromete-se e Evelyn morre atropelada por um autocarro, deixando
Max de novo sózinho. Pouco depois, à saída de um cinema, descobre em Olívia (a bela e curvilínea Alexandra
Daddario) a sua alma-gémea, e com a qual pretende começar uma nova e duradoura relação. Mas esquece-se
de uma promessa mútua feita alguns meses antes com Evelyn: «Ficaremos para sempre
juntos, aconteça o que acontecer». Ora, uma promessa é para ser cumprida (sobretudo quando testemunhada por uma estatueta satânica de estranhos poderes), e Evelyn regressa mesmo do túmulo, ávida
de sexo, para de novo complicar a vida do pobre Max.
"Burying The Ex" não é um filme para se
levar a sério. Aliás, como a esmagadora maioria dos filmes de Joe Dante
("Gremlins", 1984; "Explorers", 1985;
"Innerspace", 1987; ou o mais recente "The Hole", 2009),
que habitualmente denotam um ponto de vista infantil por parte do realizador. Pelos vistos Dante continua agarrado à adolescência, uma vez que este não é excepção, apesar do enredo se focar nas relações sexistas dos 4
personagens principais. "Burying The Ex" é até um título feliz e
apelativo, que desperta a atenção; e, de qualquer modo, o filme contém algumas sequências de humor negro bem divertidas que justificam o visionamento. Como por exemplo as queixas de Evelyn depois do regresso («Sabes como é difícil saír do caixão? Devias ter mais consideração por mim!») ou a participação de Max à polícia («A minha ex-mulher que tinha morrido, voltou! Comeu o meu irmão e agora quer comer-me a mim. Venham depressa!»). Ah e tem a Alexandra
Daddario (a Lisa Tragnetti da série televisiva "True Detective"), que embora quase trintona, conserva todos os belos atributos que
Nosso Senhor lhe deu.
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