Nascido a 26 de Janeiro de 1925, em Shaker Hights, Ohio, EUA Falecido a 26 de Setembro de 2008, em Westport, Connecticut, EUA |
«Acting is a question of absorbing other people's personalities
and adding some of your own experiences»
Para
muita gente ligada ao mundo do cinema e, particularmente, ao mundo dos actores,
o sucesso de Paul Newman deveu-se em grande parte ao facto de ele ter
preenchido o vazio criado pela morte prematura de James Dean, em 1955, quando
ambos estavam a começar as respectivas carreiras. Infelizmente, nunca iremos
saber o que Dean poderia ter sido, mas sabemos, sem qualquer margem
para dúvidas, no que Paul Newman se tornou: um dos melhores actores de todos os
tempos!
Nasceu
a 26 de Janeiro de 1925, em Cleveland, Ohio. O seu pai, judeu de origem alemã,
era dono de uma próspera loja de artigos desportivos, negócio que Paul deveria
herdar. A infância corre tranquila, tanto na escola primária como no liceu,
onde chega a entrar em algumas representações teatrais, apenas para se entreter
nas horas vagas. Em 1944 abandona os estudos para se alistar na Marinha, onde
fica durante dois anos. Desmobilizado em Abril de 1946, volta para o Kenyon College de Gambier (pequena cidade no sul de Cleveland),
onde se matricula nos cursos de economia, inglês e declamação. É a melhor época
da sua vida: tem 21 anos, uma aparência sedutora, reforçada por uns olhos muito
azuis (que ficariam lendários, apesar de daltónicos) e um sentido de humor que
lhe abrem todas as portas.
O
porte atlético leva-o a fazer parte da equipa de rugby, mas depressa troca o
desporto pelo grupo de teatro do liceu, onde participa na montagem de uma
dezena de peças. Em meados de 1949 Paul deixa o Kenyon College com um diploma de economia e passa a integrar uma
companhia teatral em Wisconsin. Seguem-se os Woodstock Players, em Illinois, onde participa em dezasseis peças,
entre ela "Cyrano de Bergerac" e "The Glass Menagerie" (que
em 1987 ele próprio iria realizar para cinema). Durante a montagem de
"John Loves Mary" conhece Jacqueline Witte, intérprete do papel
principal, com quem se vem a casar em Dezembro de 1949. No ano seguinte
morre-lhe o pai, e Newman vê-se obrigado a voltar a Cleveland para assumir o
negócio da família.
Mas
Newman não estava fadado nem interessado nos negócios: «Quando resolvi
tornar-me num actor, não estava em busca da minha identidade. Estava a fugir
dos negócios da família. Ser actor era uma feliz alternativa para um modo de
vida que não significava nada para mim.» No ano seguinte consegue vender a loja
e muda-se para New Haven, com a mulher e o filho Scott, recém-nascido, onde se
matricula na Yale School of Drama.
Finalmente, em meados de 1951, aceita a proposta de um descobridor de talentos
e muda-se para Nova Iorque. A "feliz alternativa" está prestes a
tornar-se realidade.
Embora
não passasse de um novato na Big Apple, Newman consegue aparecer em vários
espectáculos de televisão (CBS), muito graças aos seus bons contactos e
aparência. Em Setembro de 1952, já com 27 anos, consegue um papel na novela
"The Aldrich Family": a actuação segura e a voz bem modulada chamam a
atenção dos executivos do mundo do cinema. Naquela época estava muito em voga o
Actors' Studio e Newman não hesita em
frequentá-lo. É colega de futuros actores, que se celebrezariam em Hollywood:
Eli Wallach, Rod Steiger, Shelley Winters, Julie Harris, Geraldine Page... Anos
mais tarde, Newman confessaria que, como actor, devia tudo ao Actors' Studio e à paciência infinita
dos seus mentores, nomeadamente Elia Kazan e Lee Strasberg.
Em
1953, após vários papéis de pouca monta no teatro e séries televisivas, chega a
sua grande oportunidade, pela mão do produtor e realizador Joshua Logan, que lhe
oferece o segundo papel masculino na peça "Picnic", de William Inge.
A estreia, em Fevereiro desse ano, é um sucesso extraordinário de crítica e de
público e a peça ganha o cobiçado prémio Pulitzer, permanecendo em cartaz
durante mais de um ano. Nos dois últimos meses, Newman chega a interpretar o
papel principal, substituindo o actor Ralph Meeker. É durante os ensaios e as
representações de "Picnic", que Newman vem a conhecer uma estreante,
a actriz Joanne Woodward, cinco anos mais nova do que ele, que se viria a
tornar na grande paixão da sua vida. Mas Newman continua casado por mais 4 anos
(o divórcio só se concretizaria em Janeiro de 1958), voltando novamente a ser
pai: Susan (nascida em 1953) e Stephanie (nascida em 1954).
A
interpretação de Newman em "Picnic" é tão convincente que a Warner
lhe oferece um contrato de mil dólares por semana para participar em filmes.
Estreia-se ao lado de Pier Angeli (na altura a grande paixão de James Dean) em
"The Silver Chalice / O Cálice Sagrado" (1954), uma desastrosa
produção em Cinemascope (um sistema de projecção recém-inventado), que se
limita a copiar, sem grande imaginação, o tema de "The Robe / A
Túnica". Segundo a revista Variety, «o filme serviu como apresentação do
estreante Paul Newman, um jovem que provavelmente impressionará as mulheres».
Mas Newman teve plena consciência da nulidade do filme, apelidando-o mais tarde
de "o pior filme dos anos 50" – chegou a publicar um pedido de
desculpas na revista pelo seu horrível desempenho.
Apesar
do fracasso comercial desse primeiro filme, a Warner oferece-lhe um novo
contrato, com a duração de sete anos, e com a obrigação de interpretar dois
filmes por ano. Newman aceita, um pouco contrariado, e com a condição de poder
continuar a fazer teatro. Em fevereiro de 1955 volta aos palcos no papel
principal de "The Desperate Hours", sob a direcção do ex-actor Robert
Montgomery. Tal papel havia sido recusado por Marlon Brando e Humphrey Bogart
interpretá-lo-ia mais tarde no cinema. Entretanto o actor é cedido à Metro
Goldwyn Mayer para entrar em "The Rack / Deus é Meu Juiz" (1956), um
melodrama psicanalítico, que só seria lançado mais tarde, depois do sucesso
alcançado pelo filme "Somebody Up There Likes Me / Marcado Pelo
Ódio", de Robert Wise, rodado no mesmo ano, e em que Newman substitui o
malogrado James Dean, falecido uns dias antes das filmagens começarem. É a partir
daqui que a carreira de Newman descola e o actor passa a ser conhecido (e idolatrado)
nos EUA.
Em
29 de Janeiro de 1958, no dia seguinte a ter-se divorciado da primeira mulher,
Paul Newman casa-se finalmente com Joanne Woodward, recém-galardoada com o
Óscar de melhor Actriz Principal no filme "Three Faces of Eve / As Três
Faces de Eva", união que iria durar até à morte do actor em 26 de Setembro
de 2008, e da qual resultariam três filhas, Melissa, Nell e Claire. Juntos
iriam protagonizar dezenas de filmes, o primeiro dos quais logo nesse mesmo ano
de casados: "The Long Hot Summer / Paixões Que Escaldam". A interpretação
de Newman, que a revista Time define como «tão cortante como uma foice afiada»,
não fica nada a dever à de Orson Welles, com quem contracena. Ganha o prémio de
melhor actor do Festival de Cannes e as portas de todos os estúdios de
Hollywood abrem-se-lhe definitivamente.
Mas
o fim da época de ouro dos grandes estúdios e do star system aproxima-se e, antevendo tal realidade, Newman consegue
desvincular-se da Warner por meio milhão de dólares, afim de poder começar uma
nova etapa na sua carreira. Estamos no início da década de sessenta e a fama de
Newman não pára de crescer. Com o filme "Exodus" (1960), de Otto
Preminger, a sua cotação chega aos 200 mil dólares por filme e, logo de
seguida, o seu Eddie Felson de "The Hustler / A Vida é Um Jogo", passará
a constituir uma imagem de marca do actor - um herói cínico e amoral, que abre
caminho para os rebeldes da década, como Steve McQueen e Warren Beatty, e que
lhe vale a sua segunda nomeação para os Óscares (a primeira tinha sido no filme
"Cat on a Hot Tin Roof / Gata em Telhado de Zinco Quente" (1958).
Newman regressaria a esse mesmo personagem 22 anos depois, no filme de Martin
Scorsese "The Color of Money / A Cor do Dinheiro" (1986), que
finalmente lhe traria o Óscar tão desejado, depois de um total de 6 nomeações.
Em
1964, aproveitando um intervalo entre filmagens, Newman volta ao teatro, desta
vez uma comédia, que faz o público descobrir um outro lado do actor, até aí
mais ou menos dissimulado. A peça chamava-se "Baby Want a Kiss" e
Newman tem novamente a sua mulher como partenaire. Joanne Woodward revela-se de
igual modo uma excelente intérprete de comédia, mas os maiores elogios vão
mesmo para Newman: «Divertido, admirável, inteligente...», diz a crítica
especializada. No cinema os filmes seguintes não lhe trazem muito prestígio,
mas em 1966 participa em dois títulos de grande sucesso: "Harper, Detective
Privado" e sobretudo no clássico de suspense "Torn Curtain / Cortina
Rasgada", de mestre Alfred Hitchcock. Segue-se nova nomeação para o Óscar no
filme "Cool Hand Luke / O Presidiário" (1967), drama alegórico sobre
um preso arrogante e incorruptível. É mais uma personagem à sua medida, que o
faz entrar no Top 5 da lista dos actores mais bem pagos de Hollywood.
A
realização chegar-lhe-ia por acaso, sem premeditação, apesar da sua antiga e
persistente atracção por essa actividade. Acontece que Joanne Woodward tinha a
obsessão de interpretar no cinema a personagem do romance "A Jest of
God", de Margaret Laurence: era o drama silencioso de uma frustrada professora
do interior que ambiciona viver uma vida mais intensa. O argumento foi confiado
a Stewart Stern, um amigo do casal, mas Newman não consegue despertar o
interesse de qualquer produtor no projecto. Para fazer a vontade à mulher decide então encarregar-se ele próprio da produção, assumindo de igual
modo a realização.
Terminadas
as cinco semanas de rodagem, diz numa entrevista ao New York Times: «Julgava
que seria mais difícil dirigir um filme do que trabalhar nele como actor. De
certa forma, porém, um actor também tem de se dirigir a si mesmo. (...) Acaba
sendo mais fácil dirigir quando se é actor, porque se compreende mais
facilmente os problemas enfrentados pelo intérprete.» O filme, "Rachel
Rachel / Raquel Raquel", custou a módica quantia de 700 mil dólares em
1968, mas seis anos depois já tinha arrecadado 7 milhões. Teve 4 nomeações para
os Óscares, incluindo Joanne Woodward na categoria de Actriz Principal.
Contrariando
os rumores de que Newman iria deixar o cinema para se dedicar à política, a
década de sessenta acaba com outro filme mítico, "Butch Cassidy and the
Sundance Kid / Dois Homens e um Destino" (1969), um western bem-humorado e
um tributo a duas figuras lendárias do Oeste americano. Nele contracena com o seu grande amigo Robert Redford, outro actor incontornável da época e, na qualidade de
co-produtor do filme, recebe 50% das receitas, que se vêm a revelar
extraordinárias. É um grande negócio para Newman, e como actor é aclamado como
nunca: «De agora em diante as interpretações de Newman, nesta que promete vir a
ser a sua fase áurea, terão de ser comparadas à deste filme, no qual a
humildade artística e a segurança profissional do actor demonstram um grande
talento.»
Em
Junho de 1969, Newman funda a produtora First Artists, juntamente com Barbra
Streisand e Sidney Poitier (Steve McQueen juntar-se-lhes-ia dois anos mais
tarde), que se destinava a financiar e a controlar a distribuição dos filmes em
que algum deles trabalhasse. Mas o novo projecto não dá os frutos que Newman
esperava, até porque os filmes em que participou nos anos imediatos não são
grandes sucessos comerciais. Volta a passar para trás das câmaras e realiza
"The Effect of the Gamma Rays on Man-in-the-Moon Marigolds / O Efeito dos
Raios Gama no Crescimento das Margaridas" (1972), onde dirige uma vez mais
a mulher. Em 1973 associa-se de novo a George Roy Hill e a Robert Redford para
a rodagem de "The Sting / A Golpada", filme esse que supera todas as
expectativas arrecadando 7 Óscares da Academia. No ano seguinte participa no blockbuster
"The Towering Inferno / A Torre do Inferno", mas em Novembro de 1978
a tragédia bate-lhe à porta: o seu filho mais velho, Scott, morre com apenas
28 anos, vítima de uma dose excessiva de álcool e drogas.
Nos
anos subsequentes Newman empenha-se no combate às drogas e aos produtos tóxicos,
quase como se redimisse de um sentimento de culpa pela morte do filho. Já nos
anos oitenta, e depois da sua sexta nomeação para o Óscar no filme "The
Verdict / O Veredicto" (1982), Newman escreve, produz, dirige e interpreta
"Harry and Son / O Confronto", sobre o difícil relacionamento entre
um filho idealista e um pai rude e insensível. A carreira cinematográfica de
Newman continua por mais 20 anos, entre altos e baixos, até que o actor coloca
um ponto final em 2002, com o filme "Road to Perdition / Caminho para
Perdição".
Nesse
mesmo ano volta ao teatro depois de um interregno de 35 anos, para interpretar
e dirigir “Our House” na Westport Country Playhouse, de que a sua mulher era
directora artística nessa altura. Newman receberia por esse trabalho uma
nomeação para o Tony Award de melhor actor. Nos últimos seis anos da sua vida
entra em algumas séries televisivas, ao mesmo tempo que dispersa a sua atenção
por outros interesses pessoais. Chega a cultivar ostras e a dedicar-se à
invenção de molhos para saladas e massas, cujos lucros são inteiramente doados
para obras de caridade (chegaram a ultrapassar os 150 milhões de dólares). Já
em 2006, abre um restaurante, Dressing Room, localizado junto à Westport
Country Playhouse.
Ainda
fora das luzes dos palcos e dos projectores, Paul Newman teve outra paixão ao
longo da sua vida, que foram os carros de corrida: conseguiu vencer dois
campeonatos de amadores nos Estados Unidos e obteve um honroso segundo lugar nas 24
horas de Le Mans de 1979. Também se envolveu na política, apoiando o Partido
Democrata, sobretudo durante o Governo de Jimmy Carter, no final dos anos 70.
Além disso foi delegado norte-americano na Conferência das Nações Unidas para o
Desenvolvimento. «Eu gostaria de deixar - declarou certa vez numa entrevista à
revista Playboy - a lembrança de alguém que tentou acompanhar a sua época,
ajudar as pessoas para que elas se sentissem bem nas suas vidas; a lembrança de
alguém que não ficou placidamente satisfeito consigo mesmo; a lembrança de
alguém que não se deixou abater pelos fracassos...» Paul Newman vem a falecer
no dia 26 de Setembro de 2008, de cancro no pulmão.
FILMOGRAFIA:
2002 – Road
to Perdition / Caminho para Perdição nomeação para o Óscar de Actor Secundário
2000 –
Where the Money Is / Onde Está o Dinheiro
1999 –
Message in a Bottle / As Palavras Que Nunca Te Direi
1998 –
Twilight / A Hora Mágica
1994 –
Nobody’s Fool / Vidas Simples nomeação
para o Óscar de Actor Principal
1994 – The Hudsucker Proxy / O Grande Salto
1990 – Mr. & Mrs. Bridge
1989 – Blaze / Blaze, Amor Proibido
1989 – Fat Man and Little Boy / Sombras no Futuro
1987 – The
Glass Menagerie / Algemas de Cristal (realização)
1986 – The
Color of Money / A Cor do Dinheiro Óscar para
Actor Principal
1984 –
Harry & Son / O Confronto (+ realização + produção)
1982 – The
Verdict / O Veredicto nomeação
para o Óscar de Actor Principal
1981 –
Absence of Malice / A Calúnia nomeação
para o Óscar de Actor Principal
1981 – Fort
Apache, the Bronx
1980 – When
Time Ran Out… / O Dia em Que o Mundo Acabou
1977 – Slap
Shot / Os Vencedores
1976 –
Buffalo Bill and the Indians / Buffalo Bill e os Índios
1975 – The
Drowning Pool / Sangue Frio em Água Quente
1974 – The Towering Inferno / A Torre do Inferno
1973 - Once Upon a Wheel / O Asfalto da Morte
1973 – The Mackintosh Man / O Misterioso Mr. Mackintosh
1973 – The Sting / A Golpada
1972 – The Life and Times of Judge Roy Bean / O Juiz Roy Bean
1972 – The Life and Times of Judge Roy Bean / O Juiz Roy Bean
1972 – The Effect of Gamma Rays on Man-in-the-Moon
Marigolds / O Efeito dos Raios Gama no Comportamento das Margaridas (realização + produção)
1972 –
Pocket Money / Dinheiro Trocado
1970 –
Sometimes a Great Notion / Os Indomáveis (+ realização + produção)
1970 – WUSA
/Muro de Separação (+
produção)
1969 – Winning / A Grande Competição
1968 – The Secret War of Harry Frigg / A Guerra
Secreta de Harry Frigg
1968 –
Rachel, Rachel / Raquel, Raquel (realização + produção) nomeação
para o Óscar de melhor Filme
1967 – Cool
Hand Luke / O Presidiário nomeação
para o Óscar de Actor Principal
1967 –
Hombre / Um Homem
1966 – Torn
Curtain / Cortina Rasgada
1966 – Harper / Harper, Detective Privado
1965 – Lady L
1964 – The Outrage / Ultrage
1964 – What A Way To Go! / Ela e os Seus Maridos
1963 – The Prize / O Prémio
1963 – A New Kind of Love / Um Novo Tipo de Amor
1963 – Hud
/ Hud, O Mais Selvagem Entre Mil nomeação
para o Óscar de Actor Principal
1962 – Hemingway’s Adventures of a Young Man /
Aventuras de Um Jovem
1962 – Sweet Birth of Youth / Corações na Penumbra
1961 –
Paris Blues / Noites de Paris
1961 – The
Hustler / A Vida é um Jogo nomeação
para o Óscar de Actor Principal
1960 –
Exodus / Êxodus
1960 – From
the Terrace / Do Alto do Terraço
1959 - The Young Philadelphians / Os Milionários de Filadélfia
1958 – Rally ‘Round the Flag, Boys! / A Morena Ardente
1958 – Cat
on a Hot Tin Roof / Gata em Telhado de Zinco Quente nomeação para o Óscar de Actor Principal
1958 – The Left Handed Gun / Vício de Matar
1958 – The Long, Hot Summer / Paixões Que Escaldam
1957 – Until They Sail / Famintas de Amor
1957 – The Helen Morgan Story / O Pecado de Ter Nascido
1956 – The Rack / Suplício
1956 – Somebody Up There Likes Me / Marcado Pelo Ódio
1954 - The Silver Chalice / O Cálice de Prata
1954 - The Silver Chalice / O Cálice de Prata
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