domingo, julho 07, 2019

SCHOCK (1977)

SCHOCK
Um Filme de MARIO BAVA



Com Daria Nicolodi, John Steiner, David Colin Jr, Ivan Rassimov, etc.

ITÁLIA / 95 min / COR / 
16X9 (1.85:1)

Estreia em ITÁLIA a 12/8/1977
Estreia nos EUA em Novembro 1978


Última das 25 longas-metragens assinadas pelo realizador italiano desde o início dos anos 60, "Schock" tem também a cooperação do seu filho, Lambert, no argumento e como assistente de realização. Daria Nicolodi, a conhecida musa de Dario Argento, é a intérprete principal do filme, num desempenho particularmente eficaz como uma mulher em acelerado processo de distúrbio psicológico. Tudo começa, como noutros filmes do género, pela clássica mudança de casa, só que neste caso, uma casa onde Dora Baldini e o filho Marco já tinham vivido alguns anos atrás, quando ela ainda era casada com o pai da criança. Agora, Dora encontra-se a iniciar um novo casamento com um piloto de aviação, Bruno (John Steiner), que por isso se ausenta constantemente, deixando-a muitas vezes sózinha em casa com Marco. Uma casa que não lhe traz boas recordações, atendendo ter sido nela que o primeiro marido se suicidou.


A solidão não costuma ser boa conselheira quando é partilhada com más memórias e Dora começa a sentir coisas estranhas que parecem ter origem em Marco e no seu comportamento, cada vez mais peculiar. A tensão irá aumentar progressivamente, o que é mostrado através da mestria de Bava em criar sucessivos e cada vez mais alarmantes indícios de insanidade mental. Ou será o antigo marido que regressa para a assombrar? E nesse caso porque razão? Interrogações que serão mantidas no espírito do público até muito perto do final do filme. "Schock" é um daqueles filmes de baixo orçamento que acabam por se revelar interessantes apenas pelo modo como são filmados. E Bava não era aqui qualquer aprendiz de feiticeiro, sabia já manobrar muito bem todas as ferramentas necessárias à criação de um ambiente de arrepios constantes. Não será o seu melhor filme (raramente é citado para ilustrar as características da sua obra), mas é certamente um último e interessante trabalho.


LOBBY-CARDS:


Sem comentários: