Um filme de HENRY HATHAWAY
Com Steve McQueen, Karl Malden, Brian Keith, Arthur Kennedy, Suzanne Pleshette, Raf Vallone, Janet Margolin, Pat Hingle, Martin Landau
EUA / 128 min / COR /
16x9 (2.35:1)
Estreia nos EUA: 10/6/1966
Estreia em PORTUGAL: 1967
Tom Fitch: «The kid's creepy. He ain't human! He doesn't kill people; he executes them. Yeah, he executes them!»
Steve McQueen começou a sua carreira pela televisão onde durante a década de 50 participou em variadissimas séries. Data de 1958 a primeira vez que o seu nome aparece creditado no cinema - nos filmes “Never Love A Stranger” e “The Blob” - este último hoje em dia considerado um filme de culto da ficção científica. Dois anos depois é o grande salto para o estrelato ao interpretar um dos sete magníficos (“The Magnificent Seven”, de John Sturges). Segue-se o seu período áureo, coincidente com a maioria dos anos 60, onde filmes como “The Great Escape” (1963), “The Cincinnati Kid” (1965), “The Sand Pebbles” (1966) ou “Bullitt” (1968), o colocam definitivamente na galeria dos actores mais amados do seu tempo. Pessoalmente só em 1967 vi pela primeira vez um filme deste lendário actor americano. Precisamente este “Nevada Smith”, estreado no ano anterior. A partir dessa altura também eu me tornei um fan incondicional de McQueen (e quem o não era naqueles anos?), tendo acompanhado todos os seus filmes até à sua morte prematura a 7 de Novembro de 1980, ano em que completou meio século de existência.
“Nevada Smith” é um belo western que pelo atrás referido faz parte do meu imaginário infantil – tinha 14 anos quando o vi pela primeira vez. Baseado no livro “The Carpetbaggers” / “Os Insaciáveis”, de Harold Robbins, conta a história de uma vingança – a de Max Sand, um mestiço em busca dos três homens que um dia lhe assassinaram os pais após os terem torturado. O personagem já tinha sido levado ao cinema dois anos antes quando Edward Dmytryk realizou “The Carpetbaggers”, com George Peppard e Carrol Baker nos principais papeis. Alan Ladd foi quem interpretou Max Sand e só a sua morte, antes até da estreia do filme, o impediu de voltar a viver o mesmo personagem. O que deu oportunidade a McQueen de fazer aqui um trabalho digno de registo, no qual foi bem secundado por um naipe de grandes actores da época. Um western que não precisou de recorrer aos clichés do género para contar a sua história.
- George Lucas também era fan deste “Nevada Smith”, a ponto de ter pensado usar o mesmo apelido para o seu herói Indiana Jones (“Indiana” era o nome do cão que Lucas tinha nessa altura), que assim poderia ter vindo a ser conhecido por “Indiana Smith”
- Dos 2000 actores que em 1955 tentaram entrar para a escola de teatro de Lee Strasberg, em Nova Iorque, apenas Steve McQueen e Martin Landau foram aceites
- Steve McQueen tinha 35 anos quando rodou este filme. No início, a personagem de Max Sands tem apenas 16 anos.
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