Um filme de RAND RAVICH
Com Charlize Theron, Johnny Depp, Joe Morton, Clea Duvall, Nick Cassavetes, Donna Murphy, Samantha Eggar, etc.
EUA
/ 109 min / COR / 16X9 (1.85:1)
Estreia
nos EUA: 27/8/1999
Estreia em PORTUGAL: 16/6/2000
O comandante Spencer
Armacost (Johnny Depp) e o capitão Alex Strek (Nick Cassavetes, filho de Gena
Rowlands e do saudoso John Cassavetes) são dois astronautas que partem numa
missão espacial. Ao tentarem reparar um satélite, algo de estranho acontece. Há
uma explosão e a NASA perde o contacto com os dois homens durante uns
intermináveis dois minutos. Após a interrupção, as ligações com a Terra
restabelecem-se e ambos os astronautas regressam do espaço, sãos e salvos, como
se nada tivesse acontecido. Mas depressa as pessoas mais chegadas começam a
perceber que alguma coisa mudou na maneira de ser dos dois homens. O capitão
Alex é o primeiro a evidenciar alguns sinais preocupantes, vindo a morrer
repentinamente de um aneurisma cerebral. A mulher, Natalie (Donna Murphy),
suicida-se ainda durante o serviço fúnebre. Saber-se-á mais tarde que ela estava grávida de gémeos. Tal
como a mulher do comandante, Jill Armacost (lindíssima Charlize Theron), cada
vez mais assustada, por desconfiar que as vidas que tem dentro de si têm uma
origem extra-terrestre. Sherman Reese (Joe Morton), um funcionário entretanto
despedido da NASA por causa das suas investigações particulares, chega a avisar
Jill do perigo que ela corre, mas pouco tempo depois desaparece,
previsivelmente assassinado.
Percebe-se que Rand
Ravich tenha sido influenciado pelo clássico de Polanski, “Rosemary’s Baby”, ao
escrever o argumento do seu filme. Mas, apesar de ser uma homenagem bem
intencionada, “The Astronaut’s Wife” é um filme de algum modo falhado, que deixa algo a desejar. Foi a
primeira e última incursão do escritor no campo da realização, o que desde logo
denota uma certa imaturidade, apesar de ter conseguido, honra lhe seja feita,
um bom timing na narração da
história. De qualquer modo o suspense é genuíno, em crescendo ao longo da
projeção, apesar do desenlace final ser tão previsível quanto decepcionante. O
filme vale sobretudo pela presença luminosa de Charlize Theron, que voltava a
interpretar um personagem dramático, na linha do que tinha feito dois anos
antes no filme “The Devil’s Advocate / O Advogado do Diabo”, curiosamente com muitos
pontos de contacto com este “The Astronaut’s Wife”. Quem está uns bons furos
abaixo do habitual é Johnny Depp (uma representação algo apática e monótona),
que nesse mesmo ano teve um excelente desempenho no filme “The Ninth Gate”, de
Roman Polanski. Concluindo, “The Astronaut’s Wife” é um filme agradável de se
ver, não aborrece, e é uma razoável opção de entretenimento. Mas, acima de tudo,
destina-se aos fans da Charlize Theron.
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