quarta-feira, agosto 31, 2011
segunda-feira, agosto 29, 2011
domingo, agosto 28, 2011
FESTIVAL DE VENEZA 2011
Como esperado, o Festival de Veneza 2011 terá uma programação de peso na sua 68ª edição, entre 31 de Agosto e 10 de Setembro. Os novos filmes de Roman Polanski, "God of Carnage", e "A Dangerous Method", de David Cronenberg, vão estar na disputa pelo Leão de Ouro ao lado de outros grandes realizadores do cinema mundial. "The Ides of March", com George Clooney à frente e atrás das cameras, será o filme de abertura. É um filme sobre o poder, inspirado na tortuosa candidatura para a presidência dos EUA de Howard Dean, em 2004. Fora de competição, chamam a atenção as longas-metragens dirigidas por Madonna ("W.E."), e pelo polivalente James Franco ("Sal"), este último um biopic sobre o actor Sal Mineo.
Baseado na peça de Yasmina Reza, "God of Carnage" é o primeiro filme de Polanski depois que o realizador saiu da prisão domiciliária na Suíça. O elenco é encabeçado por Jodie Foster, Kate Winslet, Christoph Waltz e John C. Reilly e o filme narra a história de dois casais que medem forças num ambiente de tensão psicológica crescente, em que Polanski é perito. Abel Ferrara regressa com um drama apocalíptico de ficção científica, "4:44 Last Day on Earth", que nos relata o que aconteceria caso as pessoas soubessem que o mundo ia acabar em determinada data. Willem Dafoe é o protagonista do filme, adaptado do romance do canadiano Don McKellar, intitulado “Last Night”.
"A Dangerous Method" é o terceiro trabalho de David Cronenberg com Viggo Mortensen, o seu actor fetiche, que interpreta Sigmund Freud, num momento em que a disputa com o seu rival Carl Jung é mais acesa. O pano de fundo dramático da história passa pela relação entre Jung e a jovem Sabina Spielrein (Keira Knightley), que de paciente com antecedentes de violência se transforma em amante do psiquiatra. Em competição também estará “Wuthering Heights”, baseado na obra-prima da britânica Emily Brontë, e dirigido por Andrea Arnold, bem como “Shame”, de Steven McQueen, neto do lendário actor.
No panteão de cineastas veteranos em festivais estão o russo Aleksander Sokurov ("Faust", versão da lenda celebrizada por Goethe), Todd Solondz ("Dark Horse", com o regresso aos écrans de Mia Farrow) e o francês Philippe Garrel (“Un Été Brulant”). Outro destaque é o filme “Tinker, Tailor, Soldier, Spy”, de Tomas Alfredson, com Gary Oldman no papel do agente Smiley, a personagem de John LeCarré, e que conta ainda com o excelente Colin Firth.
No conjunto das várias secções do Festival incluído na Bienal de Veneza serão apresentados 65 filmes em estreia absoluta e mais algumas projeções de homenagem. É o caso do aguardado documentário em cópia restaurada de Nicholas Ray, “We Can’t Go Home Again” e do inédito “Don’t Expect Too Much” do mesmo realizador. Al Pacino receberá uma homenagem especial e terá também a oportunidade de mostrar o seu terceiro trabalho como cineasta, “Wilde Salome”, feito a partir da obra de Oscar Wilde.
Steven Soderbergh exibe o filme de catástrofe "Contagion" e chega acompanhado por um elenco poderoso – Matt Damon, Gwyneth Paltrow, Kate Winslet, Jude Law, e Laurence Fishburne. Se metade for a Veneza, a sua simples presença já fará a alegria dos fotógrafos. O italiano Marco Bellocchio vai exibir uma cópia restaurada de “Nel Nome del Padre” (realizado em 1972) e receber um Leão de Ouro especial pelo conjunto da obra. Também haverá sessões especiais dos novos filmes de Chantal Akerman (“La Folie Almayer”) e Jonathan Demme (o documentário “I'm Carolyn Parker: The Good, The Mad and The Beautiful”).
Até 10 de Setembro, dia em que será anunciado o vencedor deste ano, prevê-se que o júri, presidido por Darren Aronofsky (que ganhou o estival em 2008 com "The Fighter" e concorreu no ano passado com "Black Swan") tenha grande dificuldade na escolha. Confira de seguida os filmes que estarão na disputa pelo Leão de Ouro no Festival de Veneza 2011:
“The Ides of March”, de George Clooney (filme de abertura, EUA)
“Tinker, Taylor, Soldier, Spy”, de Tomas Alfredson (Reino Unido)
“Wuthering Heights”, de Andrea Arnold (Reino Unido)
“Texas Killing Fields”, de Ami Canaan Mann (EUA)
“Quando La Notte”, de Cristina Comencini (Itália)
“Terraferma”, de Emanuele Crialese (Itália)
“A Dangerous Method”, de David Cronenberg (Alemanha, Canadá)
“4:44 Last Day on Earth”, de Abel Ferrara (EUA)
“Killer Joe”, de William Friedkin (EUA)
“Un Été Brulant”, de Philippe Garrel (França)
“Taojie (A Simple Life)”, de Ann Hui (China)
“Hahithalfut (The Exchange)”, de Eran Kolirin (Israel)
“Alpeis (Alps)”, de Yorgos Lanthimos (Grécia)
“Shame”, de Steve McQueen (Reino Unido)
“L'Ultimo Terrestre”, de Gian Alfonso Pacinotti, Gipi (Itália)
“God of Carnage”, de Roman Polanski (França)
“Poulet Aux Prunes”, de Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud (França)
“Faust”, de Aleksander Sokurov (Rússia)
“Dark Horse”, de Todd Solondz (EUA)
“Himizu”, de Sion Sono (Japão)
“Seediq Bale”, de Te-Sheng Wei (China)
“Tinker, Taylor, Soldier, Spy”, de Tomas Alfredson (Reino Unido)
“Wuthering Heights”, de Andrea Arnold (Reino Unido)
“Texas Killing Fields”, de Ami Canaan Mann (EUA)
“Quando La Notte”, de Cristina Comencini (Itália)
“Terraferma”, de Emanuele Crialese (Itália)
“A Dangerous Method”, de David Cronenberg (Alemanha, Canadá)
“4:44 Last Day on Earth”, de Abel Ferrara (EUA)
“Killer Joe”, de William Friedkin (EUA)
“Un Été Brulant”, de Philippe Garrel (França)
“Taojie (A Simple Life)”, de Ann Hui (China)
“Hahithalfut (The Exchange)”, de Eran Kolirin (Israel)
“Alpeis (Alps)”, de Yorgos Lanthimos (Grécia)
“Shame”, de Steve McQueen (Reino Unido)
“L'Ultimo Terrestre”, de Gian Alfonso Pacinotti, Gipi (Itália)
“God of Carnage”, de Roman Polanski (França)
“Poulet Aux Prunes”, de Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud (França)
“Faust”, de Aleksander Sokurov (Rússia)
“Dark Horse”, de Todd Solondz (EUA)
“Himizu”, de Sion Sono (Japão)
“Seediq Bale”, de Te-Sheng Wei (China)
sexta-feira, agosto 26, 2011
PASSATEMPO 2
Para imprimir e testar os vossos conhecimentos...
PERSONAGENS-MISTÉRIO:
A
1 – Actor, argumentista, compositor, produtor e realizador norte-americano
2 – Nasceu a 16 de Janeiro de 1948, em Nova Iorque
3 – Formou uma banda nos anos 70 com o nome de "The Coupe de Villes"
4 – Adora cadilaques, Elvis Presley e os Beach Boys
5 – Recusou dirigir "Top Gun" e "Fatal Attraction"
6 – Citação: «Hollywood é um estranho lugar, onde os realizadores são tratados como lixo»
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A
1 – Actor, argumentista, compositor, produtor e realizador norte-americano
2 – Nasceu a 16 de Janeiro de 1948, em Nova Iorque
3 – Formou uma banda nos anos 70 com o nome de "The Coupe de Villes"
4 – Adora cadilaques, Elvis Presley e os Beach Boys
5 – Recusou dirigir "Top Gun" e "Fatal Attraction"
6 – Citação: «Hollywood é um estranho lugar, onde os realizadores são tratados como lixo»
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B
1 – Actriz francesa nascida a 29 de Setembro de 1935, em Nice
2 – Foi um símbolo sexual nos anos 50 e 60
3 – Estudou piano e arte dramática em Paris
4 – Foi modelo de Pierre Cardin
5 – Estreou-se aos 17 anos no cinema
6 – Foi a Hélène dos filmes do "Fantomas"
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C
1 – Actor inglês nascido a 21 de Janeiro de 1922, em Hurstpierpoint, no Reino Unido
2 – Ganhou um Oscar, um Tony e um Emmy
3 – Foi Henrique IV, o rei Lear, Charles VI de França e Filipe II de Espanha
4 – Celebrizado num filme de Fred Zinnemann
5 – Emprestou a voz a um cão na sua última participação no cinema
6 – Faleceu a 19 de Março de 2008, com 86 anos
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D
1 – Argumentista e realizador italiano
2 – Nasceu a 2 de Novembro de 1906, em Milão
3 – Foi apoiante do Partido Comunista Italiano
4 – Na ilha de Ischia existe um museu que lhe é dedicado
5 – Citação: « Hoje em dia existem demasiados realizadores que se tomam a sério. O único capaz de dizer coisas realmente novas e interessantes é Luis Buñuel»
6 – Faleceu a 17 de Março de 1976, com 79 anos, em Roma
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E
1 – Actriz sueca nascida a 14 de Fevereiro de 1932, em Estocolmo
2 – Manteve uma relação nos anos 50 com Ingmar Bergman, de quem foi uma das actrizes preferidas
3 – Ganhou 8 prémios de melhor actriz em diversos Festivais de Cinema
4 – Teve uma filha em 1960 a quem chamou Petra, nome da sua personagem num filme de Bergman
5 – No início da carreira representou em palco Ophelia (“Hamlet”) e Anne Frank
6 – Contracenou com Nicole Kidman num filme de Lars Von Trier
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quinta-feira, agosto 25, 2011
PORTFOLIO "GRAND PRIX" (1966)
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yves montand
sábado, agosto 20, 2011
RISE OF THE PLANET OF THE APES (2011)
PLANETA DOS MACACOS:
A ORIGEM
Um filme de RUPERT WYATT
Com James Franco, Andy Serkis, Freida Pinto, John Lithgow, Brian Cox, Tom Felton, David Oyelowo, Tyler Labine, Jamie Harris
EUA / 105 min / COR / 16X9 (2.35:1)
Estreia nos EUA a 5/8/2011
Estreia em PORTUGAL a 11/8/2011
A ORIGEM
Um filme de RUPERT WYATT
Com James Franco, Andy Serkis, Freida Pinto, John Lithgow, Brian Cox, Tom Felton, David Oyelowo, Tyler Labine, Jamie Harris
EUA / 105 min / COR / 16X9 (2.35:1)
Estreia nos EUA a 5/8/2011
Estreia em PORTUGAL a 11/8/2011
Will Rodman: «I'll take you home»
Caesar: «Caesar is home»
Caesar: «Caesar is home»
Há boas e más notícias acerca deste “Rise of the Planet of the Apes”. Começando pelas últimas, é inevitável apercebermo-nos que nos encontramos diante de mais um blockbuster de Hollywood, que teima em apostar no prolongamento ou na reinvenção de temas antigos numa tentativa de ocultar a já preocupante falta de ideias dos actuais responsáveis pela indústria cinematográfica norte-americana. Esta prequela não foge à regra e deita a mão, uma vez mais, aos efeitos digitais de última geração (os famigerados CGI), tendo como alvo principal as novas gerações, para quem a parafernália técnica é sinónimo de cinema.
Rupert Wyatt, o realizador deste novo capítulo da saga dos macacos, não fez a coisa por menos e rumou directamente à Weta Digital, na Nova Zelândia, império tecnológico de Peter Jackson. Joe Letteri, vencedor de quatro Óscares pelo recente “Avatar” e pela trilogia “Lord of the Rings”, foi uma vez mais o supervisor técnico de todos os efeitos visuais. Mas a boa notícia aqui é que, surpreendentemente, e ao contrário dos filmes anteriores (onde os efeitos digitais assumiam descaradamente o lugar de prima-dona) a técnica associada a “Rise of the Planet of the Apes” é suficientemente discreta de modo a fazer sobressair o lado de entretenimento do filme.
Este novo filme da série do “Planet of the Apes” reinventa a origem da civilização simiesca, centrando-a nos tempos actuais. Na antiga saga Caesar é o descendente inteligente (já com o mecanismo da fala perfeitamente dominado) do casal de médicos (Zira e Cornelius) que regressam a um mundo ainda dominado pelos humanos, cerca de 2000 anos antes dos acontecimentos narrados no primeiro e magnífico filme, “O Homem Que Veio do Futuro” (já comentado neste blogue). Agora temos a doença de Alzheimer como ponto de partida – são as experiências realizadas na procura da respectiva cura que vão originar o aparecimento de uma inteligência superior nos símios e a degradação progressiva (e consequente extinção) da raça humana.
Apesar dos desnecessários piscar-de-olhos ao filme original, este “Rise of the Planet of the Apes” consegue atingir o seu principal objectivo, que é o de contar uma história interessante, na qual tem papel de relevo a personagem de Caesar, criada pelo actor Andy Serkis, responsável pelo Gollum do “Lord of the Rings” e pelo “King Kong” de Peter Jackson: «Não pretendia interpretar outro macaco, mas o argumento e os personagens deste filme cativaram-me.» James Franco, o actor humano do filme, lembra como foi trabalhar com Serkis: «O comportamento de Andy foi tão convincente que eu, enquanto actor, fui imediatamente levado a entrar dentro daquela relação e reagir com ele como se fosse mesmo um cimpanzé.»
Em resumo, “Rise of the Planet of the Apes” cumpre a maior parte dos requesitos pelos quais se deveriam reger os chamados blockbusters (o que, como sabemos, raramente acontece): um filme despretensioso, divertido, que não se deixa aprisionar pelos efeitos digitais, antes servindo-se deles para melhor contar a sua história. E felizmente sem enveredar pela moda actual do 3D. Convenhamos que, nos tempos que correm, é já algo que se deve aplaudir.
CURIOSIDADES:
- Os nomes de diversas personagens do filme são alusões directas ao filme original: Dodge Landon (Tom Felton) é a combinação dos nomes dos astronautas que acompanham Taylor na expedição. O orangotango Maurice tem o mesmo nome do actor Maurice Evans, o Dr. Zaius do primeiro filme. “Bright Eyes”, a expressão pela qual a mãe de Caesar o chama, é a mesma com que a Drª Zira se referia a Taylor. Steven Jacobs (David Oyelowo), o chefe do Departamento de Pesquisas, tem o mesmo apelido de Arthur P. Jacobs, o produtor da saga antiga.
- Charlton Heston aparece em dois filmes que passam na TV: “The Agony and the Ecstasy” e “The Ten Commandments”.
- Em determinada cena pode ver-se Caesar com um puzzle 3D da Estátua da Liberdade na mão, uma alusão ao final do primeiro filme.
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