Não consigo entender este puritanismo dos responsáveis pelo Festival de Cannes. Mas se calhar o defeito é meu. Ainda que o Von Trier se confessasse abertamente pró-nazi e hitleriano (coisa que não fez, limitou-se a usar uma certa ironia), qual era o problema? Desde que não interferisse na liberdade de ninguém seriam apenas as sua próprias convicções e mais nada para além disso. Não incentivou a plateia a quaisquer violências, apenas disse o que (não) pensa. E desde quando as ideias de cada um são matéria de facto para o exercer de represálias? Não numa sociedade que se pretende livre e democrática, com certeza.
Ó Billy, por não sofrer represálias é que o Hitler (e outros) chegou onde chegou com as suas ideias. E o Von Trier não foi preso, foi declarado persona non grata, é diferente. A mesma liberdade que o Von Trier tem para fazer certas e determinadas declarações tem Cannes (ou qualquer que seja o festival) para declarar persona non grata quem eles quiserem (ou quem proferir certas declarações).
Achei piada ao "Só tenho a lamentar que muita gente tenha compreendido esta declarações de forma errada. Sobretudo porque fui suficientemente estúpido ao falar assim para o mundo, como se falasse com o meu melhor amigo." e espanta-me como um realizador já "batido" nestas "andanças" só perceba agora que não pode falar "para o mundo" (que é o mesmo que para a comunicação social) da mesma forma que fala pros amigos. Espanta-me! Mas ainda vai a tempo...
Na verdade, acho que o von Trier é isto que quer, polémica, que falem dele bem ou mal, mas falem. A tal atenção. E uma das coisas que gosto nele (além dalguns filmes dele) é de que se está a cagar se é persona non grata em Cannes ou em Veneza ou em Hollywood. Mas as declarações, essas, foram realmente néscias e de mau gosto.
Ah e se faz performances então acho que se devia dedicar aos talk shows eheh
Por acaso ainda não tinha lido. Obrigado pelo post.
ResponderEliminarNão consigo entender este puritanismo dos responsáveis pelo Festival de Cannes. Mas se calhar o defeito é meu. Ainda que o Von Trier se confessasse abertamente pró-nazi e hitleriano (coisa que não fez, limitou-se a usar uma certa ironia), qual era o problema? Desde que não interferisse na liberdade de ninguém seriam apenas as sua próprias convicções e mais nada para além disso. Não incentivou a plateia a quaisquer violências, apenas disse o que (não) pensa. E desde quando as ideias de cada um são matéria de facto para o exercer de represálias? Não numa sociedade que se pretende livre e democrática, com certeza.
ResponderEliminarÓ Billy, por não sofrer represálias é que o Hitler (e outros) chegou onde chegou com as suas ideias. E o Von Trier não foi preso, foi declarado persona non grata, é diferente. A mesma liberdade que o Von Trier tem para fazer certas e determinadas declarações tem Cannes (ou qualquer que seja o festival) para declarar persona non grata quem eles quiserem (ou quem proferir certas declarações).
ResponderEliminarAchei piada ao "Só tenho a lamentar que muita gente tenha compreendido esta declarações de forma errada. Sobretudo porque fui suficientemente estúpido ao falar assim para o mundo, como se falasse com o meu melhor amigo." e espanta-me como um realizador já "batido" nestas "andanças" só perceba agora que não pode falar "para o mundo" (que é o mesmo que para a comunicação social) da mesma forma que fala pros amigos. Espanta-me! Mas ainda vai a tempo...
Na verdade, acho que o von Trier é isto que quer, polémica, que falem dele bem ou mal, mas falem. A tal atenção. E uma das coisas que gosto nele (além dalguns filmes dele) é de que se está a cagar se é persona non grata em Cannes ou em Veneza ou em Hollywood. Mas as declarações, essas, foram realmente néscias e de mau gosto.
Ah e se faz performances então acho que se devia dedicar aos talk shows eheh